Create Your First Project
Start adding your projects to your portfolio. Click on "Manage Projects" to get started
Jardim Botânico de São Paulo
No final do século 19, a área onde hoje fica o nosso Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), era uma enorme região com mata nativa. Ela era ocupada por sítios e chácaras. Com o objetivo de recuperar a floresta, utilizar os recursos hídricos e preservar as nascentes do Riacho do Ipiranga, o governo desapropriou essas terras.
Em 1917, a área passou a ser propriedade do governo, sendo nomeada como Parque do Estado. A partir de então, serviu para captação de águas que abasteciam o bairro do Ipiranga até 1928. Neste mesmo ano, Frederico Carlos Hoehne foi convidado a escrever um novo capítulo da conservação da flora. Essa história que perpetua até os dias de hoje, trouxe amplitude no conhecimento sobre a flora brasileira, com a produção de pesquisa, educação e conscientização ambiental.
Sei que você deve estar se perguntando: “Mas quem é Frederico Carlos Hoehne”? Calma, vamos te explicar. Ele foi um naturalista e botânico bem importante para a época. Por isso, o Secretário da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo, o convidou para implantar um jardim botânico.
Esse desafio foi aceito por Hoehne, que começou a construção do primeiro jardim botânico na cidade de São Paulo. As primeiras obras começaram dando forma a dois lagos e a um jardim inspirado em uma parte do Jardim Botânico de Upsala, na Suécia, com um orquidário, duas estufas com estruturas de ferro que vieram da Inglaterra, duas escadarias e uma vasca com espelho d’água.
Hoehne construiu, próximo às estufas, as chamadas pérgolas para abrigar a coleção de orquídeas. Mais tarde, essas estruturas ficaram conhecidas como Orquidário do Estado que, em 1929, já recebia o público para visitação para mostrar a riqueza da nossa flora. Legal, né?
Ponto importante da nossa conversa: apesar de aberto à visitação desde 1928, o Jardim Botânico de São Paulo foi oficializado só em 1938. Em 1942, o Departamento de Botânica do Estado ganhou autonomia e passou a se chamar Instituto de Botânica, tendo como seu primeiro diretor, claro, o Dr. Frederico Carlos Hoehne. Ele estava encarregado de manter e administrar o Jardim Botânico, além de desenvolver pesquisas nas mais diversas áreas da botânica.